Doutrinação, lavagem cerebral e verdades absolutas

Infelizmente, na filosofia, não existe verdade absoluta. Isso se deve pelo que se tem como verdade. A Verdade é aquilo que, baseando-se em fatos e em evidências, racionalmente nos parece mais correto. No entanto, nossa racionalidade não é muito racional, isso porque não somos máquinas. Computadores encontram verdades, usando cálculos matemáticos e a constante que 2 sempre será 2. Se for aproximadamente 2, ainda não será 2.

Nossa mente funciona de maneira diferente, muito menos verdadeiro/falso e muito mais aproximadamente e sensação.

Desta forma, não coloco nada sobre qualquer um que entrou na discussão sobre Software Livre versos Software Open Source esteja certo ou errado. Fico mais com o meu sentimento e meu conhecimento de mercado corporativo (apenas 16 anos de mercado corporativo e Software Livre).

O mercado não quer e nunca ira querer assumir os riscos. Portanto, nenhum software que traga a informação “Seu uso é por sua conta e risco” entrará no mercado corporativo. Isso é um fato, não uma verdade. Tirem as verdades a partir disso.

O mercado não está interessado em ser justo, em ser correto e em ser estável. O mercado corporativo está interessado em ser lucrativo. Para isso, precisa de uma empresa que dê suporte aos seus sistemas, para  o caso de ter problemas e isso causar perda financeira tenha “no de quem  colocar”. Por isso o GNU/Linux abriu espaço no mercado corporativo com  sistemas “baseados”, como o VMWare, Oracle Rack, etc, e algumas  distribuições mais comerciais do que alinhadas com o Software Livre,  como SuSE e Red Hat.

Esperar que o mercado assimile a identidade do Software Livre, os conceitos das liberdades, a ideia de retornar à comunidade o que se tira dela, é uma utopia. Serve como sonho, como objetivo que devemos lutar para alcançar, mesmo sabendo ser inatingível, mesmo sabendo que, neste momento, isso “nunca” acontecerá.

No entanto, gosto da frase que diz: “Esqueceram de informar-lhe que seu objetivo era inalcançável e ele foi lá e o fez acontecer”.

Precisamos no mundo dos “distraídos” que esquecem que seu objetivo é inalcançável, assim como precisamos de profissionais “pé no chão” que vão abrindo caminho devagarzinho… Nos complementamos assim, e viva o Software Livre.

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